quinta-feira, 18 de junho de 2009

Relatos de um futuro previsto (ou previsto futuro)

Sinto-me profeta do tempo agora que o inverno se aproxima. Eu bem que tentei fazer com que isso soasse menos impactante. Mas qual é o louco que dá ouvidos a um coração apaixonado? mais do que tentar me fazer ouvir eu tentei nos prevenir de um final totalmente previsível. Era de se esperar que acontecesse desse jeito e pra mim não foi surpresa quando o "eu te amo" que vinha na minha direção tinha muitos e muitos ecos paralelos que não se encontravam só na minha interestadual. E quando eu digo muitos não estou usando de nenhuma espécie de hipérbole. mas num lapso de (não sei o que até hoje) eu pulei fora desse barco antes que ele se atracasse em qualquer cais de solidão e sofrer.
E vem vindo o meu mencionado inverno que traz você e todas as minhas lembranças. Já não sei mais do que você é feita: de dor, de esperança, de amor, de lembranças, de vontade ou de decepção! Antes fossem só a esperança, a vontade, as lembranças e o amor! Não sei aonde isso tudo se misturou com a outra vontade anterior e nunca deixada de lado que era te ter bem mais além dos tais dois mil kilômetros. Bem, bem mais além. Aonde eu não conseguisse ter você nem em pensamento. (Meu pensamento corrente que tinha nome, cor e cheiro, ele machucava demais!)
Agora sei lá dessa maré que te trouxe de novo. Só sei que agora eu já não espero mais. Nem eu nem o meu cais. Já não há mais espaço pras suas conversas de taberna e meu estaleiro não comporta tal descomunal embarcação de palavras doces e sorrisos e abraços e mãos suaves nos meus cabelos. Nem me ocupo mais em procurar abrigo pros teus beijos.
Vem, inverno, e traga contigo toda a neblina e serração e folhas secas. Mostre-me que eu nunca estive errada e deixa eu me render ao tempo, que sempre foi meu companheiro. Vem, inverno, e mostre a ela que eu sou mais que um amor de estação. Vem, inverno, e não me faça descrente do que eu acredito.
Com ou sem vestidinho novo, com ou sem olhos verdes penetrantes, com ou sem nossas melodias particulares, com ou sem os nossos beijos, com ou sem eles você já não faz parte de mim! Assim como deveria ter sido; assim como sempre foi pra você. e
E eu já me perco nas minhas contas... Seriam 2 ou 1% meus o seu coração?! Creio que menos ainda... É, nunca fui boa nem em matemática nem com amores!

2 comentários:

  1. "100% de esforço onde houver 1% de chance". Matemática e amor são as duas coisas mais complicadas que existem. Sento, estudo, esforço, e não aprendo naaaaaaaaada!!! E o inverno vem aí, dessa vez parece vir mais frio...aguardemos.

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  2. E é engraçado como pra mim esse inverno veio, e eu tô incrivelmente sozinha, sem ninguém pra me aquecer, e eu vou vendo que por aqui, no blog world, o inverno tbm chegou pra muito mais gente do que eu esperava e imaginava...
    Mas o inverno passa... uma hora passa... e a gente fica bem! Sempre fica bem... pensa que no inverno as fotos ficam mais bonitas e as pessoas se vestem melhor, e tenta fazer disso uma metáfora melho do que a que eu tentei fazer, já que eu não sou muito boa nisso rsss

    E lá vamos nós... pegando depês em matérias de matemática e amor...

    Beijos

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